SOBRE O PROJETO


Digitalizando Fontes Manuscritas ameaçadas: 
os Livros de Notas da Bahia, Brasil, 1664-1889. 

O objetivo do projeto é digitalizar uma coleção de documentos manuscritos depositados no Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), especificamente, os 841 volumes dos Livros de Notas dos Tabeliães produzidos entre 1664 e 1889, sendo o primeiro ano aquele do mais antigo livro, e o último, o ano em que a República foi proclamada. Pretende-se futuramente digitalizar toda série documental, que adentra o século XX. Nessa primeira etapa o resultado será a digitalização de aproximadamente 450.000 imagens, que serão guardadas em HDs externos a serem depositadas junto ao APEB, a Universidade Federal da Bahia (UFBA), e a BibliotecaBritânica, que lançará online para consulta por pesquisadores e o público em geral. 

Os documentos digitalizados representam talvez a mais confiável fonte para o estudo da história social e econômica da Bahia colonial e pós-colonial até o final do século XIX. Nos seus fólios os pesquisadores podem ler contratos de venda (de propriedades rurais e urbanas, terras, navios, escravos etc), testamentos, partilhas de bens, procurações, contratos de casamento, doações, trabalhistas e comerciais, legitimação de filhos, cartas de alforria, entre outros. 

Essas fontes são fundamentais para o estudo de temas como comércio de escravos, escravidão, a passagem do trabalho escravo para o livre, transmissão de propriedade no meio rural e urbano, estratégias de casamento de senhores de engenho e negociantes, redes mercantis no Atlântico Sul, biografias, entre outros temas. Pesquisas nesse sentido feitas por estudiosos brasileiros e estrangeiros já demonstraram a riqueza dessa fonte para o estudo da história da Bahia e suas conexões com o mundo atlântico, a escravidão e o tráfico negreiro, em particular. Destaca-se também a preciosa coleção de cartas de alforria registradas nesses livros. 

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